Câmbio na Casa de Câmbio, no Banco ou com o Amigo? Vantagens, desvantagens e riscos

Você sabe como se compra ou vende moeda estrangeira? Fica na dúvida de onde comprar dólares ou euros? Para quem vender os dólares ou euros que sobraram da viagem? Então esse artigo é pra você!

Teoricamente você teria 3 motivos para realizar operações de câmbio com moedas estrangeiras:

Motivo #01: Negócios Internacionais

O primeiro motivo para realizar câmbio de moedas estrangeiras é a realização de negócios internacionais (importação e exportação), investimentos no exterior ou compra de imóveis no exterior, nestes casos você precisa realizar a conversão para enviar ou receber dinheiro do exterior, através de Remessas Internacionais.

Motivo #02: Manutenção de residência

O segundo motivo para se realizar câmbio de moedas estrangeiras é para enviar dinheiro a familiares ou parentes no exterior, seja alguém que está fora do país em intercâmbio, tratamento de saúde ou que resida fora por algum outro motivo. É nesta situação que se encaixa também estrangeiros que moram no Brasil e tem familiares em seus países de origem. Neste caso é possível fazer a remessa também através da Moneygram.

Motivo #03: Viagens

Esse é o motivo mais comum, você ir viajar para outro país, pode ser uma viagem de férias em família, uma viagem internacional de lua de mel, uma viagem para estudar uma nova língua, e até mesmo uma viagem a negócios ou trabalho (para participar de algum curso, feira, exposição, treinamento, visitar parceiros de negócio, etc).

Nos dois primeiros casos, realização de negócios internacionais e manutenção de residência você só poderá fazer o câmbio de forma legalizada, ou seja, através de Instituição Financeira Credenciada junto ao Banco Central, no caso uma Casa de Câmbio (o mesmo que agente cambial ou correspondente cambial), já que são elas que poderão fazer o envio ou recebimento de valores.

Você sabia? Mesmo quando você utiliza um intermediador de pagamento, como o paypal, para realizar um recebimento ou pagamento internacional, você está realizando uma transação de câmbio, ela acontece sem você ‘ver’, mas você paga por ela! Confira seu extrato, você verá que lá irá aparecer a taxa de conversão cambial, o imposto sobre operações financeiras e as taxas que são cobradas pelo intermediador.

Por falar em taxas, esse é o ponto que mais diferencia um correspondente cambial ou casa de câmbio de uma conversão cambial através do seu banco. Na casa de câmbio o valor oscila ao longo do dia, conforme a disponibilidade de moeda, oferta e procura, o que dá margem a negociações entre cliente e correspondente cambial.

Já nos bancos é utilizado o valor médio da moeda no dia ou no dia anterior, a chamada Ptax, mais um spread (ou ágio) pré-definido pelo banco. Além desses valores há ainda a cobrança do IOF e, em alguns bancos, há cobrança de tarifa para cada operação de câmbio realizada. Confira algumas disponíveis nos sites dos bancos em dezembro de 2020.

No site da Caixa Econômica Federal a tarifa varia entre R$ 30 e R$50 (correntistas e não correntistas). Já no Banco do Brasil essa tarifa é de R$80 e no Itaú a tarifa é de R$ 30.

É muito importante ficar atento à presença de tarifas ou taxas administrativas, especialmente se você for comprar moeda aos poucos para compor um preço médio melhor na aquisição do seu dólar ou euro turismo.

Se você precisa de uma casa de câmbio em Belém (PA), Brasília (DF), Cascavel (PR), Curitiba (PR), Limeira (SP), Londrina (PR) ou Maringá (PR) procure por uma loja Rede Câmbio Seguro! Não cobramos nenhuma taxa ou tarifa e ainda negociamos com você!

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Você deve estar pensando, então o melhor é comprar dólar e euros com meus amigos, porque não vou ter que pagar essas tarifas nem o IOF.

Pois é, seria, se isso não fosse ilegal e não trouxesse problemas para você! Essa ação de compra e venda de moedas estrangeiras fora do mercado regulamentado pelo BACEN é chamado de mercado paralelo ou black.

Quem estimula essa prática realizando a compra e venda é chamado popularmente de doleiro, e, na maioria das vezes, quem busca essa forma de negociação quer ocultar transações financeiras, isto é, praticar um Crime de Sonegação Fiscal ou promover a lavagem de dinheiro ilegal.

Esses crimes praticados muitas vezes por ‘desconhecimento’ são passíveis de multa e pena de 3 a 10 anos de prisão, já que não se pode alegar ‘desconhecimento’ da lei.

E se você está pensando: mas ninguém vai saber que eu comprei dólar ou euro no paralelo (de amigo ou casa de câmbio ilegal por exemplo), nada vai acontecer comigo, você tem que pensar o seguinte:

Ao sair do país você pode ser obrigado a apresentar os recibos de câmbio das moedas estrangeiras que você está levando com você para qualquer viagem internacional (inclusive Paraguai, Argentina, Uruguai e Chile). Isso vale para qualquer moeda estrangeira em qualquer quantidade (caso você não tenha o recibo pode ser enquadrado no crime de sonegação fiscal).

Valores equivalentes e superiores a R$ 10.000,00 devem ser declarados previamente através da Declaração Eletrônica de Bens do Viajante (e-DBV) junto a Receita Federal através do site ou no aplicativo viajantes, sob risco de enquadramento no crime de evasão de divisas (adicionado ao crime de sonegação fiscal, caso não tenha os comprovantes de compra da moeda).

Em resumo:

1. Nunca compre ou venda dólares, euro ou outra moeda para uma pessoa ou instituição não credenciada junto ao Banco Central para este fim.
2. Sempre compare a cotação da moeda antes de comprar, E LEMBRE-SE SEMPRE de perguntar e/ou verificar se há taxas ou tarifas adicionais (além do IOF) na transação.
3. Peça sempre uma cotação com o valor final, com o IOF e tarifas, assim fica mais fácil comparar os custos entre Casas de Câmbio e Bancos.
4. Guarde sempre com você os recibos das transações de câmbio realizadas, seja com o correspondente cambial seja com o Banco.